Imagens são de vídeo da polícia. O jogador estava em uma festa na
Rocinha.
Na semana passada, o atacante Adriano se envolveu numa grande
confusão na Favela da Chatuba, no Rio de Janeiro. Agora, você
vai ver outro atacante do Flamengo, em outra favela do Rio - a
da Rocinha. Vagner Love ao lado de bandidos estourado fortemente armados.
Entre eles, o chefe do tráfico.
O baile em uma das quadras da Rocinha é um dos
mais famosos da cidade. Pelo menos uma vez por semana mais de
mil pessoas se divertem na parte alta da favela. Uma câmera
escondida registrou bandidos circulando livremente. Fuzis, de
vários calibres, são exibidos sem nenhum tipo de repressão.
Em uma das noites, no mês passado, o atacante do
Flamengo Vágner Love chega em um carro preto, importado. Ele foi
comemorar os dois gols feitos na vitória de 4 a 1 sobre o Macaé,
em Volta Redonda.
Na entrada do baile, um traficante armado com
fuzil segue na frente fazendo a escolta do jogador. Outro
criminoso, também armado, vem logo atrás. O atacante diz que,
para ele, isso é uma rotina.
“Sempre frequentei. Não vejo problema. Tenho
trabalhos sociais em lugares desses. Nunca vou deixar de
frequentar minhas origens”, diz o atacante do Flamengo Vagner
Love.
Uma arma chamou a atenção do subchefe da Polícia
Civil do Rio de Janeiro. É um AT-4 usada pelo Exército americano
em guerras. A arma, de fabricação sueca, é usada para derrubar
carros.
Na última operação que a polícia fez na Rocinha,
os agentes conseguiram chegar até a casa do traficante Antonio
Bonfim Lopes, o Nem, que comanda a venda de armas e drogas na
comunidade. Mas ele conseguiu escapar mais uma vez.
Em frente à casa dele, buracos de tiros. Segundo a
polícia, sete bandidos que faziam a segurança do traficante
morreram. Entre os mortos está Marcelo Alves de Brito. Em uma
imagem feita poucos dias antes operação ele aparece com uma
camisa falsa da Polícia Federal.
De acordo com os investigadores, Marcelo faz a
escolta de Vágner Love na chegada do baile.
“Homens armados é normal ver em qualquer favela”,
aponta o jogador do Flamengo.
Na imagem mais recente de Nem, feita dias antes da
operação, ele aparece em uma das principais ruas da Rocinha
cercado de comparsas fortemente armados.
“A investigação continua. Temos provas contra Nem
e vários membros da quadrilha. Estamos preparando outras
investidas para prendê-lo”, avisa o subchefe de Polícia Civil -
RJ Carlos Oliveira.